Se alguém me dissesse anos
atrás que bandas como Gang of Four e New Order fariam shows em Ribeirão Preto e
Uberlândia eu iria morrer de rir. Pois bem, essas duas verdadeiras referências
do pós-punk inglês vão estar ao vivo e a cores nos palcos do interior paulista
e mineiro neste final de mês.
A Gang of Four toca neste sábado,
dia 24, no Galpão de Eventos do Sesc Ribeirão Preto, e o New Order se apresenta
dia 30 na Arena Sabiazinho de Uberlândia. A coisa fica ainda mais
surreal se imaginarmos que o resto da turnê nacional desses dois ícones dos
anos 1980 se limita a metrópoles como São Paulo e Curitiba. E só.
Flashback
Veja bem, não estamos
falando de grupelhos gringos decadentes que resolvem reunir alguns hits meia
bomba pra festas flashbacks pelo Terceiro Mundo. G4 e NW juntos influenciaram
mais bandas no planeta do que toda a turma de Seattle e mais até do que grupos
como o Queen, por exemplo.
Para uma região tomada pela
música sertaneja e pelo cover, a presença dessas duas lendas britânicas merece
uma verdadeira procissão. Ambos foram pioneiros em suas áreas e deixaram um
legado único e permanente.
Funk punk
Vejamos a Gang of Four. Tudo
bem que hoje o quarteto de Leeds se resume ao genial guitarrista Andy Gill e um
trio de jovens que ele arrumou para substituir os parças Dave Allen (depois Sarah Lee), Jon King e
Hugo Burnham. Mas vê-los em ação tocando
clássicos como ‘Damaged Goods’, ‘At Home he’s a Tourist’, ‘To hell with
Poverty’ já vale muito mais do que o preço do ingresso (módicos 17 reais!!!!).
O ‘funk punk’ energético,
marxista e esquizofrênico do G4 influenciou muita gente: U2, New Model Army,
The Cure, Rage Against the Machine, Jesus Lizard, Rapture, Franz Ferdinand e
Artic Monkeys são alguns nomes lá fora que morrem de amores pelos caras. E por
aqui, grupos como Legião Urbana, Titãs, Mercenárias e Plebe Rude beberam na
fonte.
Manchester
New Order nem se fala.
Nascida das cinzas do Joy Division, a banda colocou a cidade de Manchester no
mapa mundial e tirou o pós-punk do underground para entregá-lo de bandeja ao grande
público. Isso tudo sem nunca abrir mão de sua originalidade e independência.
G4 e NW merecem total
reconhecimento pelo que representam para a música pop. Assisti-los longe dos
grandes centros pode ser um claro sinal de que nem tudo está perdido no deserto
cultural que persiste por essas plagas. Que as novas gerações de artistas e
produtores tenham esses shows como exemplo. Saravá!!!
E eu vou ver qual é destes velhinhos, rsrrs
ResponderExcluirAlias , 1 velhinho e 3 jovenzinhos, rsrrs
E conhecer e de quebra encontrar uma galera legal no show!!
Yeah!
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