Um festival de música feito no
interior paulista, no muque, sem leis de incentivo ou dinheiro público chega a
sua 28ª edição com uma programação invejável. O Forró da Lua Cheia, sediado numa
fazenda da pacata Altinópolis, região de Ribeirão Preto (SP), e realizado nesse
final de semana, é um exemplo de empreendedorismo e longevidade.
Criado pelo empresário e
fazendeiro Edgard Meirelles nos longínquos anos 1980, o que era para ser uma
festa entre amigos, tornou-se um dos maiores eventos culturais do Brasil fora-do-eixo.
A programação desse ano é a melhor
de todas as suas edições. Confira aí: Vanguart, Nação Zumbi, Emicida, Baiana
Sound System, Rincon Sapiencia, Bixiga 70 e o veterano Walter Franco são alguns
dos nomes que vão subir ao palco principal em quatro dias de festa.
Eu mesmo já toquei lá duas ou três e vezes com o Motormama e foi um dos poucos lugares deste país em que recebi o cachê com antecedência.
Mudança
O evento só melhorou com o tempo. Numa mudança
de proposta artística, seus organizadores conseguiram se distanciar do ranço
riponga e saudosista de outros anos para investir em novos nomes relevantes da
cena nacional.
Claro que os veteranos
continuam a dar o ar de sua graça, mas que outro festival traz o lendário e,
infelizmente, esquecido Walter Franco como atração de destaque?
Não é pouca coisa, principalmente numa
época de crise em que muitos eventos de música dita alternativa encerraram suas
atividades ou mudaram a ‘proposta’. Um bom exemplo é o (até então) celebrado
Tim Festival que anunciou uma guinada de 360 graus para uma vertente mais ‘popular’.
E dá-lhe sertanejo e axé.
Vida longa ao Forró da Lua
Cheia!
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