Muitos vieram antes e muitos
apareceram depois, mas se tem um sujeito que merece o titulo de rei é Elvis
Presley. Pergunte ao seu pai, avô, tia, aos Beatles, Raul Seixas, Roberto
Carlos e pra quem mais quiser: como era esse planeta antes desse caipira aparecer?
E apesar de tudo que esse
rapaz de Tupelo (sul dos EUA) fez por nós, morreu há 40 anos deprimido, balofo
e solitário no banheiro de sua mansão em Memphis, Tennessee. O rei do rock era
um glutão viciado em remédios e seu coração não aguentou os abusos de décadas. Elvis
partiu pra sempre aos 42 anos.
Mas antes ele ajudou, sem
querer, a inventar aquilo que conhecemos como cultura jovem. Era o caçula de
uma turma encabeçada por Marlon Brando, James Dean e Marilyn Monroe, semideuses
que definiram a iconografia norte-americana pra sempre.
Até então, a adolescência
era só uma fase da vida que deveria ser esquecida quando nos tornássemos
adultos. Mas foi durante os anos 1950, que os EUA, e consequentemente o mundo,
descobriram que existia algo chamado juventude.
Um período determinante na
vida das pessoas, com seus anseios, loucuras e, principalmente, demandas.
O Selvagem
Filmes como ‘O Selvagem’,
com um Brando bancando um ‘angry young man’ motorizado deram início a uma onda
que chegou ao seu ápice com ‘Juventude Transviada’, longa-metragem estrelado
por James Dean.
Diz a lenda que Elvis venerava
Dean e sabia as falas do filme de cor. Isso diz muito para o que viria depois. Enquanto
isso, pioneiros do rock como Chuck Berry e Bill Haley descobriram que uma
mistura explosiva de blues com country music era a trilha sonora ideal daqueles
anos.
O rhythm’n’blues (que depois seria chamado de
rock’n’roll) ganhava forma, porém o golpe de mestre foi quando um empresário
chamado Sam Philips resolveu investir naquele caminhoneiro boa-pinta de 19
anos. Elvis era o sonho antigo de Sam que ganhava forma: um branco que cantava
e dançava feito um negro.
De 1954 a 1955, aquele
garoto lançou uma série de singles pela Sun Records, gravadora de Philips, até
ser contratado pela RCA e ganhar o mundo. Esse material do período inicial de
ouro foi relançado em 1976 num disco chamado ‘The Sun Sessions’.
Ou seja, Elvis não inventou
o rock, mas ajudou a torná-lo maior que a própria vida. De quebra, mudou o
mundo. Longa vida ao rei!
Elvis não morreu! Boa Régis!
ResponderExcluirGracias, Dimi! Grande abraço!
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