quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Com um topete e violão, Elvis mudou o mundo



Muitos vieram antes e muitos apareceram depois, mas se tem um sujeito que merece o titulo de rei é Elvis Presley. Pergunte ao seu pai, avô, tia, aos Beatles, Raul Seixas, Roberto Carlos e pra quem mais quiser: como era esse planeta antes desse caipira aparecer?

E apesar de tudo que esse rapaz de Tupelo (sul dos EUA) fez por nós, morreu há 40 anos deprimido, balofo e solitário no banheiro de sua mansão em Memphis, Tennessee. O rei do rock era um glutão viciado em remédios e seu coração não aguentou os abusos de décadas. Elvis partiu pra sempre aos 42 anos.

Mas antes ele ajudou, sem querer, a inventar aquilo que conhecemos como cultura jovem. Era o caçula de uma turma encabeçada por Marlon Brando, James Dean e Marilyn Monroe, semideuses que definiram a iconografia norte-americana pra sempre.

Até então, a adolescência era só uma fase da vida que deveria ser esquecida quando nos tornássemos adultos. Mas foi durante os anos 1950, que os EUA, e consequentemente o mundo, descobriram que existia algo chamado juventude.

Um período determinante na vida das pessoas, com seus anseios, loucuras e, principalmente, demandas.



O Selvagem
Filmes como ‘O Selvagem’, com um Brando bancando um ‘angry young man’ motorizado deram início a uma onda que chegou ao seu ápice com ‘Juventude Transviada’, longa-metragem estrelado por James Dean.

Diz a lenda que Elvis venerava Dean e sabia as falas do filme de cor. Isso diz muito para o que viria depois. Enquanto isso, pioneiros do rock como Chuck Berry e Bill Haley descobriram que uma mistura explosiva de blues com country music era a trilha sonora ideal daqueles anos.

 O rhythm’n’blues (que depois seria chamado de rock’n’roll) ganhava forma, porém o golpe de mestre foi quando um empresário chamado Sam Philips resolveu investir naquele caminhoneiro boa-pinta de 19 anos. Elvis era o sonho antigo de Sam que ganhava forma: um branco que cantava e dançava feito um negro.

De 1954 a 1955, aquele garoto lançou uma série de singles pela Sun Records, gravadora de Philips, até ser contratado pela RCA e ganhar o mundo. Esse material do período inicial de ouro foi relançado em 1976 num disco chamado ‘The Sun Sessions’.

Ou seja, Elvis não inventou o rock, mas ajudou a torná-lo maior que a própria vida. De quebra, mudou o mundo. Longa vida ao rei!





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